Como o aquecimento global afeta o fitoplâncton

Entre diversas consequências ambientais causadas pelo aquecimento global e que trazem preocupação para os pesquisadores e especialistas em mudanças climáticas, a relação do aumento das temperaturas com o fitoplâncton — um dos pilares da cadeia alimentar e vida marinha — vem ganhando cada vez mais notoriedade.

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Responsável por produzir metade do oxigênio da Terra (a outra metade é gerada pelas florestas terrestres), o fitoplâncton forma a base da cadeia alimentar marinha e regula o ciclo carbônico do oceano. Formado por organismos fotossintetizantes, o fitoplâncton é fundamental para o equilíbrio dos ciclos de vida de presas e predadores.

Porém, com o aumento das temperaturas, os cientistas revelam dados alarmantes sobre a condição do fitoplâncton. Cientistas da Universidade Nacional de Busan, na Coreia do Sul, em estudo publicado na revista científica Nature Climate Change, afirmam que a sazonalidade do fitoplâncton irá sofrer uma alteração “lenta e gradual”, que pode representar uma “perturbação significativa”.

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Isso porque, se o fitoplâncton começar a florescer em alturas do ano diferentes das habituais, os ciclos de vida de presas e predadores poderá começar a desencontrar-se. Ou seja, a capacidade reprodutiva e de crescimento dos seres vivos que se alimentam do fitoplâncton — um fator que, ainda de acordo com o estudo, poderá afetar a pesca e, consequentemente, a segurança alimentar de grande parte da população.

Com base em simulações feitas por um supercomputador utilizado pelos cientistas, o estudo também mostrou que o início e pico de florescimento do fitoplâncton poderá ser alterado em cerca de um mês até o final do século XXI, em um período de pouco menos de aproximadamente 80 anos.

Agora, o objetivo dos especialistas em mudanças climáticas é perceber se as alterações do comportamento fotossintético do fitoplâncton poderão realmente causar “um impacto negativo na futura segurança alimentar”, além de buscar soluções a médio e longo prazo para amenizar os efeitos negativos no ecossistema marinho.

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Voz dos Oceanos, uma missão pelo planeta

Uma iniciativa para alertar o planeta sobre os riscos da poluição plástica nos mares, a expedição Voz dos Oceanos (Voice of the Oceans, em inglês) é uma das mais importantes plataformas para cientistas, pesquisadores e ONGs realizarem pesquisas e documentar os danos causados pela ação humana nos mares de todo o mundo.

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A expedição é liderada pela família Schurmann, que possui quase quatro décadas de histórias no mar, sendo a primeira família brasileira a dar a volta ao mundo a bordo de um veleiro, no ano de 1994, após uma viagem de 10 anos —  feito que foi repetido entre 1997 e 2000, na missão Magalhães Global Adventure, e na Expedição Oriente, realizada entre 2014 e 2016.

A bordo do veleiro Kat, batizado em homenagem à filha do casal Schurmann, que faleceu em 2013, a tripulação se aventura por diversos continentes, diagnosticando o problema e mostrando soluções para a poluição causada pelo plástico. Confira tudo sobre a expedição Voz dos Oceanos no site oficial, clicando aqui.

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