O branqueamento dos corais: um alerta para os Oceanos

Os recifes de coral são verdadeiras cidades subaquáticas, repletas de vida e cores. Esses organismos marinhos são muito importantes pois oferecem abrigo e alimento para uma biodiversidade impressionante. Eles são essenciais para o nosso ecossistema permanecer em equilíbrio. Mas, infelizmente, essa não é a realidade de uma área onde nota-se o branqueamento dos corais.

Antes de explorarmos essa questão sobre o branqueamento, vamos descobrir o segredo fascinante por trás da sua radiante coloração! A simbiose com algas pequenas, chamadas zooxantelas, que vivem dentro dos corais, são responsáveis por essa conhecida coloração vibrante. Mas a relação entre os corais e as zooxantelas vai muito além da estética: elas fornecem nutrientes essenciais para a sobrevivência dos corais, enquanto recebem abrigo e compostos necessários para a fotossíntese.

Foto feita pela pesquisadora Camila Brasil mostrando o fenômeno do branqueamento em um coral.

Mas e o branqueamento? 

Segundo a professora do departamento de Oceanografia da Universidade Federal da Bahia e pesquisadora Reef Check Brasil, Camila Brasil, “quando o coral sofre alguns impactos específicos, ele pode perder essas algas, mostrando assim o seu esqueleto calcário, que é branco. Além de perder a cor, a colônia perde também uma das suas principais fontes de alimento, ficando assim muito fragilizada. Chamamos esse efeito de branqueamento. Caso o branqueamento seja muito intenso ou duradouro, pode-se causar a mortalidade em massa destes animais.” 

A cor pálida dos corais é desencadeada por fatores estressantes, como o aumento da temperatura do mar, a poluição e a acidificação das águas. A especialista ainda diz, “A maior causa atual de branqueamento em massa é o aumento da temperatura dos oceanos, causada pelo aquecimento global e por eventos climáticos como o El Niño.” Estes fatores exercem muita pressão sobre nossos preciosos recifes e estão nos dizendo que precisam de mais atenção.

A turbulência no mundo marinho é alarmante, pois os corais são o lar de inúmeras espécies marinhas. Os adoráveis peixes palhaço, também conhecidos como “Nemo”, dependem das anêmonas nos corais para abrigo e proteção. Além disso, os golfinhos frequentam os recifes de coral, onde encontram abundância de vida marinha para se alimentar. É estimado que recifes de coral ocupem menos de 0.1% da área dos oceanos, no entanto, abrigam mais de um quarto de toda a biodiversidade marinha, explica Camila

Apesar do cenário preocupante, existe esperança para os corais e os oceanos. É possível impedir o branqueamento, tomando ações imediatas como a criação e manutenção de áreas marinhas protegidas e a implementação de práticas sustentáveis de pesca e turismo. A preservação dos corais é muito importante para a biodiversidade! E a união de esforços é vital para preservarmos esses ecossistemas e o rico ambiente marinho que eles sustentam.

Por Juliana Schultz

Agradecimentos a Camila Brasil

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