Zaya: Mulher indígena, modelo e guardiã

No Dia dos Povos Indígenas, celebramos as vozes corajosas que ecoam pela preservação da cultura, da natureza e dos direitos humanos na Amazônia. Entre essas vozes, destaca-se Zaya, a primeira modelo indígena nascida e criada na Amazônia, cuja jornada é um testemunho de resiliência, perseverança e esperança.

Zaya compartilhou conosco sua história, marcada por desafios e determinação. Ela relembra: “Minha jornada foi muito difícil, crescer dentro de uma luta onde nossa cultura, nosso movimento, é algo que para as pessoas é como se fosse inexistente. Estar dentro dessa estrutura de um racismo inexistente é muito ruim. Mas com tudo que passei, acredito que a persistência foi fundamental para alcançar meus objetivos e sonhos.”

 

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Como mulher indígena, Zaya enfrenta diariamente o racismo estrutural e os estereótipos impostos pela sociedade. Ela ressalta: “O maior desafio que enfrento é o racismo, onde as pessoas têm essa maneira de entender que o indígena está dentro de uma inexistência. Criam esse estereótipo de que só estamos dentro da floresta, e não na sociedade. Isso é algo que magoa, mas é importante trazer diversidade, representatividade, para inspirar outras pessoas.”

Além disso, Zaya enfatiza a importância da preservação da cultura indígena e dos conhecimentos tradicionais na Amazônia. Para ela, “nossa cultura é uma herança ancestral que não deve ser esquecida. Somos os guardiões da floresta, os conhecedores da natureza, e é nossa responsabilidade preservar essa sabedoria para as futuras gerações e para todo o planeta.”

No papel das mulheres indígenas na proteção do meio ambiente e dos direitos humanos, Zaya destaca: “Acredito que todas as mulheres indígenas têm um papel fundamental nessa luta. Somos parte da terra, somos parte da natureza, e nosso empoderamento é essencial para garantir a preservação dos territórios e da cultura.”

 

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Sobre as ameaças enfrentadas pelas comunidades indígenas na Amazônia, Zaya lamenta a constante invasão de territórios por garimpeiros e madeireiros, mas mantém a esperança: “Estamos lutando constantemente pelos nossos direitos, pelo território, pela nossa cultura, pelo reconhecimento. Acredito que o futuro é ancestral, e mesmo diante de tantas dificuldades, vamos perseverar.”

Para as futuras gerações de mulheres indígenas, Zaya expressa suas esperanças e aspirações: “Espero que elas encontrem força e inspiração em suas raízes, que sigam lutando pelos direitos indígenas e pela preservação da Amazônia. Que sejam os guardiões do nosso planeta e da nossa cultura.”

 

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Por fim, Zaya nos lembra que todos podemos contribuir para apoiar a causa indígena e a preservação da Amazônia. “Dê visibilidade, espaço e oportunidade para os indígenas. Reconheça que somos parte da natureza e que nossa sobrevivência depende dela. A natureza nos cura, e precisamos cuidar dela para garantir um futuro próspero para todos.”

Neste Dia dos Povos Indígenas, honramos e celebramos a voz de Zaya e de todos os povos indígenas, cuja sabedoria e resistência são fundamentais para a proteção da Amazônia e do nosso planeta. Que suas vozes continuem a ecoar, inspirando-nos a agir em prol da justiça ambiental e dos direitos humanos.

 

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