Pare o Tsunami de Plástico e seja a Voz dos Oceanos.

Em 4 décadas de navegações e muitas aventuras, incluindo 3 voltas ao mundo, a Família Schurmann conheceu pessoas, culturas e paisagens diversas. Mas também acompanhou de perto as transformações do nosso planeta, entre elas, a crescente invasão de resíduos – principalmente, plásticos de uso único – nos oceanos.

A primeira vez que encontrou uma ilha paradisíaca e remota do Pacífico com lixo de diferentes partes do mundo foi em 1998, ou seja, há 25 anos. Em 2015, quando desembarcou em outra ilha deserta do mesmo oceano, viu ainda mais resíduos espalhados por toda a praia. Esse não é um fato restrito a áreas isoladas do Pacífico.

West Fayu no Oceano Pacífico

Há 2 anos, Família Schurmann e tripulação Voz dos Oceanos iniciou uma nova expedição, tendo – até o momento – percorrido cerca de 60 destinos. Em todos os locais por onde a iniciativa já passou é notória a invasão de plásticos e microplásticos. Em todas essas localidades, também encontrou centenas de pessoas e iniciativas incríveis, dedicadas a reverter esse cenário!

Motivada por ações inspiradoras, Voz dos Oceanos participa da campanha pública: “Pare o Tsunami de Plástico – combater essa catástrofe precisa virar lei”, liderada pela Oceana. Lançada oficialmente nesta terça-feira, 15 de agosto, durante o evento “Um Oceano Livre de Plásticos”, realizado no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília, a ação contou com a presença de representantes das instituições parceiras, entre eles, a equipe de terra da Voz dos Oceanos, parlamentares e outros convidados.

Entre os objetivos da campanha está o “engajamento da sociedade por meio de uma plataforma online (pareotsunamideplastico.org) e petição direcionada para aprovação do PL 2524/2022”, que “propõe soluções concretas para reverter essa inundação de plásticos”. #PareOTsunamidePlástico ressalta que esse tipo de poluição já é a segunda maior ameaça ambiental ao planeta. A Oceana lembra ainda que “o Brasil é o maior produtor de plástico da América Latina; todo ano, despejamos 325 milhões de quilos de plástico nos oceanos, e apenas 9% de todo o plástico produzido no mundo todo até hoje foi reciclado”.

Maya Gabeira, recordista mundial de surfe, embaixadora da Unesco para o oceano e membro do Conselho Diretor da Oceana, Gustau Máñez; representante do Pnuma no Brasil, parceiro global da Voz dos Oceanos; Ronei Alves, representante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis; Daniel Veiga, pescador artesanal do Rio Grande do Sul; e Laila Zaid, atriz e ativista socioambiental, no debate “Um Oceano Livre de Plástico”, promovido pela Oceana no lançamento oficial da campanha Pare o Tsunami de Plástico, em Brasília.

Como a tripulação Voz dos Oceanos tem conferido em centros de pesquisas de universidades brasileiras e internacionais e em estudos da parceira Plastic Soup Foundation – plásticos e microplásticos vêm sendo encontrados nos organismos humanos. Há poucos dias, a imprensa repercutiu pesquisa publicada na revista Environmental Science & Technology, revelando que cientistas chineses encontraram microplásticos no coração humano pela primeira vez. De acordo com O Globo, por exemplo, “as pequenas partículas, com tamanho em torno de cinco milímetros de comprimento, são liberadas através de plásticos de uso único, contaminando o ar, a água e os alimentos”.

Como #PareOTsunamidePlástico indica, “combater essa catástrofe precisa virar lei. O PL 2524/2022 vai limitar a produção de plástico e acabar com os descartáveis, garantindo que todo o plástico produzido volte para o sistema”. A Voz dos Oceanos também acredita que o nosso futuro não é descartável, por isso, assina e compartilha o abaixo-assinado pareotsunamideplastico.org, motivando a participação de todos.

Embarque nessa campanha e seja você também a Voz dos Oceanos!