Criptomoedas e artes plásticas unidas pela recuperação e preservação dos oceanos
No universo cultural, iniciativas importantes ultrapassaram fronteiras geográficas, mobilizando diversos povos em torno de uma mesma causa. Em 1985, por exemplo, dezenas de artistas consagrados – incluindo Bob Dylan, Bruce Springsteen, Diana Ross, Michael Jackson e Tina Turner – se uniram no coro estrelar do single “We Are The World”, que rendeu cerca de US$ 100 milhões para combater a fome e a falta de moradias na África. No mesmo ano, Elton John, Madonna, Queen e U2 foram algumas das atrações do “Live Aid” e seus shows realizados nos palcos de Londres e da Filadélfia que, estima-se, tenham rendido mais de US$ 195 milhões para campanha contra a fome na Etiópia.
Há 40 anos, a venda de LPs e realização de concertos musicais eram algumas das alternativas de manifestação física de arte solidária – algo anterior aos exemplos dos anos de 1980 e que se perpetua até os tempos atuais. Com a quebra de barreiras pela digitalização do universo, inclusive cultural, surgem novas formas de apoiar causas humanitárias e ambientais. No momento que a expedição Voz dos Oceanos, que tem o apoio mundial do Programa da ONU para o Meio Ambiente, parte para sua jornada por águas internacionais, a iniciativa firma parceria com a BeeTogether e a Friendly Sea Creatures para uma campanha de captação de recursos baseada no blockchain NEAR Protocol.
Com a curadoria da BeeTogether, artistas plásticos internacionais estão sendo convidados para a produção de NFTs (fotos) com temática relacionada à causa da Voz dos Oceanos, ou seja, a invasão de resíduos, principalmente, plástico de uso único nos mares ou o fascinante cenário do nosso Planeta Água. Toda a coleção Friendly Sea Creatures será negociada no espaço criptográfico e, ao comprar um NFT, o investidor assume os direitos intelectuais exclusivos da obra do mundo real, convertida justamente para um NFT.
O comprador passa a possuir o formato digital, podendo mantê-lo sob seu domínio ou ofertá-lo a potenciais interessados. Vale ressaltar que 25% do valor de cada transação será revertido para a iniciativa liderada pela Família Schurmann. A parceria prevê ainda uma ação artística especial, “Friendly Turtles”, e já permite que os investidores utilizem suas criptomoedas, a partir do ecossistema NEAR, para doações diretas ao Instituto Voz dos Oceanos (wallet voiceoftheoceans.near). Importante ressaltar que a NEAR utiliza criptomoeda 100% sustentável, ou seja, a ajuda ao Planeta Água não prejudica o Meio Ambiente da Terra.
Para João Amaral, Diretor de Operação da Voz dos Oceanos, ao entrar no universo dos NFTs, a iniciativa pode ampliar seu acervo artístico solidário a outras obras, como games, músicas e quadros. O executivo destaca ainda o potencial impulso que esse mercado pode dar a causas ambientais como a Voz dos Oceanos, lembrando que, “em 2021, Jack Dorsey, presidente do Twitter, vendeu seu primeiro
tweet como NFT por aproximadamente US$ 2,9 milhões. No mesmo ano, a obra digital ‘Crossroad”, de Beeple, foi vendida por US$ 6,6 milhões”.
By Yara Oliveira