Recicla Sampa: Quem não comunica, não recicla!
Se você mora na cidade de São Paulo, provavelmente já passou pelo Recicla Sampa! O site já conta com mais de 1,3 milhão de acessos únicos e suas páginas nas redes sociais somam milhares de curtidas, comentários e compartilhamentos. Trabalhando em diferentes mídias, a iniciativa da Loga e da EcoUrbis visa comunicar e educar a população sobre reciclagem, desde a separação do lixo em comum e reciclável, até os detalhes sobre a legislação brasileira vigente para o descarte correto de blisters de medicamentos.
Os objetivos do Recicla Sampa estão totalmente integrados à Política Nacional de Resíduos Sólidos e à Política Municipal de Resíduos Sólidos. O projeto apoia o trabalho dos agentes ambientais e das cooperativas de reciclagem que sustentam suas famílias prestando um serviço fundamental para o bom funcionamento da cidade.
Existem várias formas de colaborar para a reabilitação do meio ambiente, a informação sendo uma delas. E talvez seja esse o principal pilar do Recicla.
Quando o assunto é “reciclagem”, o Recicla Sampa está na primeira página do Google e de maneira totalmente orgânica. Ou seja, as pessoas chegam neles através de suas pesquisas, sem intermédio de patrocinados. E esse é o segredo!
Segundo a equipe da D4G, agência responsável pelo conteúdo do Recicla, as matérias mais acessadas são aquelas que tiram dúvidas comuns, como se determinado material é reciclável ou qual o horário da coleta seletiva na rua de casa. É o que eles chamam de conteúdo de prestação de serviço.
Os assuntos que parecem simples, ainda levantam muitas dúvidas. Eles não falam apenas com quem já recicla. Eles se comunicam com todo mundo. E se existe um assunto com aderência em todas as classes, esse assunto é sustentabilidade.
“Sobre isso eu falo”.
Quando perguntado da aderência ao tema, a equipe da D4G fala sobre a produção de conteúdo para o Youtube com participação popular, e não tem do que reclamar dos participantes.
De dez pessoas abordadas na rua, oito toparam falar. Quando informados que a pauta é reciclagem, a frase mais comum é: “Sobre isso eu falo”.
A equipe ainda aponta a percepção quase “mágica” do recolhimento do lixo, que o indivíduo coloca na lixeira da rua ou do prédio e “de repente ele desaparece”.
Além do claro impacto ambiental, o lixo mal separado pode prejudicar os lixeiros, catadores e separadores, que trabalham lá na ponta final do descarte. Por isso é preciso sensibilizar sobre a causa, muito além de informar. A mudança precisa ser cultural!
O público alvo do projeto atinge diversas classes, até porque a desinformação é de todos e a cultura do descarte errado do lixo é nacional!
No meio de tanta desinformação, o Recicla Sampa reconhece que o trabalho a ser feito pode levar décadas, mas deve começar de algum lugar, sendo a comunicação a chave desse processo de mudança!
O tema já interessa a população, e une as pessoas das mais diferentes crenças. Aquecimento global e crise ambiental deixaram de ser temas falados apenas em painéis da ONU, hoje em dia ocupando até mesmo a conversa de bar.
É ali mesmo que a informação tem que estar. O Recicla Sampa tira a dificuldade e formalidade do tema de descarte de resíduos sólidos e muito além de apresentar os problemas, apresenta as soluções.
Texto escrito por Yara Oliveira
